sexta-feira, 12 de novembro de 2010
"O Paradoxo do Nosso Tempo
George Carlin
Nós
bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos
rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito
cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos
nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos
raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a
viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos
e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um
novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos
o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso
preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas
realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se
de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui
para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao
seu lado. "
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