segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bares


Não lembro mais do gosto do seu beijo, falava que talvez fosse doce... Não lembro mais do seu cheiro, talvez não possua mais cheiro algum. Embriagado de outros sabores, de outros corpos, eu nem me lembro mais com eram os nossos juntos. De vez enquando tento lembrar a cor dos seus olhos, eram sempre embriagados. Eu era sempre a louca e você sempre o meu desejo.

Já te escrevi todas as palavras, nunca versos... Nunca tive a sincronia dos versos, em termos já te li em outros versos. Te vejo em dramas de gritos e devaneios, te vejo em minha alma, te sinto em carne viva, te odeio em todos os minutos. E os olhares não duram mais que 3 segundos e as falas e falhas penso quase o dia todo. Amores têm demoras, presságios, vejo tudo e faço muito.

Tantas linhas te encontram tantos desencontros, desconforto e quase morro em te vê louco. Desiludo quase esqueço, volta tudo de novo como se nem tivesse dado uma volta em torno de mim. E é quando estou só que mais escuto essa voz dizendo que to muda e tento num esforço te dizer em sussurro que tudo aqui ta dormindo em sono leve. O remédio que encontro é mais que embriaguez é vicio, a abstinência te traz quase solido, cada toque da musica de Nana me lembra da resposta, você quase que consegue e eu quase que desisto e morrendo de amor que revivo e vivo faço você ver que existo e posso te machucar bem mais que a mim.

Eu procurei um quase você e você o oposto de mim. Diferença? Não! Repito mil vezes, tudo agora me revolta a falta, a presença, a voz... Que saudade da sinceridade na sua voz, que alívio viver sem sua rispidez. A minha pedra é ametista a sua não sei.

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