Ouvi essa frase centenas de vezes de uma amiga: Ninguém sabe o que se passa no coração do outro. E é verdade. Hoje saio repetindo essa frase aos quatro ventos. Hoje nem acredito tanto em lágrimas e sorrisos como antes. Ninguém sabe o que se passa na cabeça do outro. O extremo de felicidade e tristeza não é mais o mesmo no mundo. Repito no meu mundo.
Acreditei tanto em lágrimas que fui injusta comigo mesma. Acreditei em tantos sorrisos que forjei minha própria felicidade. A intensidade continua, mais a precaução aumenta. Só quero manter. Os amigos. Os meus amigos. E os que podem ser um dia isso. Só quero aumentar o peso e perder o medo ou preguiça. Quero voltar a acreditar em tudo que vejo. Mesmo que seja mentira. E acreditar que eu posso mudar, embora muitos precisem mudar mais que eu.
Eu nem consigo mais me defender. Tenho medo de me tornar igual. Igual a quem é o oposto do que eu almejo. Igual á alguém que usa a inteligência pro mal. Igual alguém de quem eu quero distancia. Alguém que eu acreditei, em todos os sentidos possíveis da palavra acreditar.
Eu nunca fui carinhosa. Delicadeza por aqui nunca passou. Sou meio agreste, falo-falo-falo. Pareço Galvão Bueno narrando a Copa. Às vezes nem lembro o que eu falo. Muito menos do que você fala. Acreditava ser sensitiva, mais vi que to mais pra idiota. Sensibilidade, ou mediunidade significa pra mim, enxergar o que o resto do mundo ver. Mais eu insisto em negar, desacreditar... E manter a inabalável esperança que Deus vai fazer tudo como eu desejo. Deixo de ser egoísta e passo a usar óculos. Adeus Miopia.