segunda-feira, 30 de maio de 2011

Seu sorriso e meus lamentos...

A gente evitava algumas palavras porque ficava mais simples. Cortar respiração, os sentimentos pela metade, fingimento pra não doer.
A gente nunca foi "a gente", pelo menos não pra PRA gente, não pra mim.

Todo mundo achava que sabia, todo mundo achava que era óbvio, mas a gente nunca soube, nem fazia questão de entender.

Era divertido assim, reconfortante saber que ele sempre ia ser o único abraço que me deixava leve, o único sorriso que me fazia sorrir.
Eu já nem me importava com nada, é como se fossemos amigos desde de sempre(e éramos) , como se tivesse que ser assim, mesmo.
Era a única pessoa que me entendia, mesmo sem fazer nenhum esforço para tal.

Ele me irritava, mas tirava o melhor de mim. Era tudo na medida certa, e às vezes eu me surpreendia quando me pegava olhando nos olhos dele pela sinceridade, sem desviar, sem ter vergonha de ser aquela versão que ele despertava em mim.
Era estranho quando eu ficava tão a vontade porque já tinha me acostumado a incomodação banal.
Mas era sempre o único lugar pra onde eu queria ir, a única parte de todo o mundo que me fazia ficar bem.
Mesmo não correndo sempre pra ele.

Todo mundo julgava, brincava, fazia piada sobre o que achava que sabia. Nos divertiamos com o nosso próprio fracasso. Ele me irritava e eu o amava e ele me amava.

Apesar de sempre precisar de uma afirmação, quando ele me abraçava, com a mão na minha cabeça, é que eu sabia que ele era um pedaço de mim, já.
Bizarro como a gente mudou a vida um do outro, estranho como foi tudo tão natural.

Eu já não consigo mais olhar pra frente se ele não estiver lá, porque senão estarei pela metade.
O que eu guardo dentro de mim é descomunal, é familiar, é amor daquele mais puro, que a gente não espera nada em troca.
Fico sempre feliz ao ver que fomos absurdamente maiores que qualquer drama bobo por motivos pequenos.
Fico aliviada em ver que tenho ao meu lado um amigo que me faz tão bem.
É bom demais ver que a vida mudou, vc me deu uma sobrinha e ainda estamos juntos. Vc é a minha verdade viva, e eu vou estar sempre que precisar.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia dos namorados!

Ela pode. Pode ter o homem que quiser, pode ser quem quiser. Mas ela escolheu você, quer ser quem você deseja. Você parece não notar, mas ela está ao seu lado. Ela não se segura, não disfarça o que sente e não usa armaduras. Não consegue, não sabe e nem quer ser diferente do que é. Tem várias facetas, não tem medo e morre de medo. Não tem medo de sentir, mas está com medo do que sente por você e não sabe se o medo maior é do que vai no coração ou de que dê tudo certo. Medo de dar certo? Ela não é completamente normal. Nem anormal. Ela só é ela, com todos os seus cantos, esconderijos, degraus, pontes, abismos. Nunca sentiu por ninguém o que sente por você, pois...ela não vê graça em outras pessoas. Não esquece o seu rosto e não possui o menor interesse em outros seres humanos. Ninguém é como você. E ela sempre quis alguém como você. E você apareceu agora. E levou todos os sentidos dela. É a sua boca que ela deseja, seu perfume que quer sentir, seu corpo que quer ao lado e você que ela quer provar. É por você que ela sente tesão. Ela sente falta de você. E de tudo que vocês não viveram (ainda). É você que a deixa feliz ou triste e, acredite, é muito fácil fazê-la feliz. Qualquer coisa a faz feliz. Você sabe, não sabe? Você diz que não corresponde as expectativas dela. Mas ela não é megalomaníaca no quesito felicidade. Pequenos gestos, demonstrações e ações a deixam sorrindo. Creia, são coisas simples. Não é nada impossível, difícil ou complicado. Pense em como você gosta de ser tratado. Você gosta que ela goste de você? Você gosta de carinho? Ser bem tratado? Saber e sentir que ela é apaixonada por você? Você gosta do cuidado e da preocupação que ela tem por você? De como ela se importa com a sua vida. De saber que você está bem. Como ela quer ajudá-lo. E estar ao seu lado. E estar ali, pra dar uma força se, por ventura, você deixar a peteca cair. Se coloque no lugar dela, pelo menos uma vez. Ela está aí porque quer. Porque gosta do jeito que ela é com você. Porque gosta de você. Se não fosse por isso já teria ido embora. Mas não. Ela não quer ir pra outro lugar. Porque ela fica triste longe de você. O mundo fica esquisito e anda de uma forma devagar e lenta sem você. Por isso ela nunca quis que você pensasse em ir. Ela gosta de música, dias bonitos, cachorros, brisa do mar, sol, frio, sentir o vento dançando nos cabelos, rir até a barriga doer, falar besteira, desenvolver "teorias" malucas, filmes, viajar, chocolate, arte, você. No meio disso tudo você sabe quem ela é e como se sente. Ela gosta do seu jeito manso e doce. Do seu lado carente e delicado. E da sua postura de homem firme. E tem ciúmes de você. Ela gosta das suas palavras carinhosas e do seu lado divertido. Do seu jeito infantil de não saber lidar com pequenos contratempos. De como você fica cheio de manha quando está doente. De você como um todo. O que ela quer? Que você se abra. Que seja sempre você. E que sinta o mesmo que ela. Mais nada. E, quem sabe, qualquer dia ligar pra dizer que sente saudade.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dramática



Meu amor,
Perdoe-me, não fui boa o suficiente para você. A minha intenção nunca foi ser boa, não tenho vocação para santinha, comportadinha, bonitinha, queridinha, inha, inha, inha. Bato boca, reclamo, faço esparro, tenho ataques, sinto ciúmes, sou espalhafatosa, escandalosa, espetaculosa, ponto.
Nova linha, parágrafo. Você foi fraco e covarde. Sou capaz de perdoar qualquer fraqueza e engolir diversos tipos de covardia, menos essas. Você jogou nas minhas costas o que não conseguiu suportar, fez uni-duni-tê com um sentimento que, acredite, era lindo e tinha um futuro promissor pela frente. Mas você, no presente, fez questão de enterrar nosso futuro naquele vaso de flor que está lá fora.
Nova linha. Parágrafo. Tchau.

PS. Não pense que estou arquitetando planos e maquinando estratégias para você voltar. Quem quer ficar, fica, nem precisa de pedidos, muito menos de alguém segurando a barra da calça(chorando e se arrastando pelo chão, na tentativa de impedir a fuga), suplicando amor e cuidado. Ele tinha razão, amor não se pede, se dá. Eu quis lhe dar, você não quis receber. Eu quis receber, mas você não quis me dar. Tchau.

Ass: Dramática

A verdade é sua

Você acha que me conhece demais. Deve ser pelo meu jeito expansivo e essa mania de não guardar as palavras dentro da boca e do peito. Não gosto de deixar que as palavras juntem pó. Elas foram feitas para serem ditas. O sentimento foi inventado para ser expressado. Então não me controlo, abro a boca e solto o verbo. Não tenho como dizer? Papel e caneta, escrevo (ou tento). Sento na frente do computador e tec-tec-tec, digito tudo que está dentro de mim, ao meu lado. Tem que vir de dentro para fora. E eu tenho essa necessidade de expressão. Preciso das palavras, elas precisam de mim. Então eu faço de tudo para colocá-las na sua frente, na minha frente, na frente do mundo e de quem quiser ouvir, ler.

Mas o que tem de mais precioso em mim é justamente o que você não pode ver. Posso falar, gritar, berrar, esfregar na sua cara. Posso escrever, digitar, imprimir, rasgar, colar. Os meus sentimentos estão sem fazer barulho. Minha verdade está num patamar mais elevado. Minhas certezas se encontram no meu silêncio. Você consegue chegar até ele? O silêncio coloca uma barreira imaginária. Você pensa que conhece tudo o que eu sinto e penso, mas você está redondamente enganado.

Você conhece o que eu deixo. O que eu quero. O que eu mostro. Meu silêncio? É meu. Minhas certezas? Adoravelmente minhas. Minhas verdades? São suas. Estão no patamar elevado. Minhas verdades estão no meu coração e, você sabe, ele é seu.


12/02/2011

1000 vezes MERDA!

Uma das piores coisas da vida é fingir. Fingimentos de qualquer espécie, ordem, tamanho, tipo, grau. Odeio fingir. Me sinto mal, me sinto atriz, me sinto fora de mim. Mas é necessário. De vez em quando é, acredite.

As pessoas me elogiam, me amam, me querem bem. Que bom, fico feliz: obrigada. Obrigada mesmo, obrigada de verdade, obrigada, obrigada. Mas me dá licença, posso ficar na minha? Posso ficar sozinha? Posso ter o direito de estar triste? Não quero ficar sendo legal, quero meus cinco minutos de depressão profunda e solitária. Me deixe só com os meu pensamentos, com meu coração esmigalhado e com minha auto-estima do outro lado.

Pensei em sumir. Desaparecer. Despistar. Fingir. Só que eu não vou. Vou me esforçar e acreditar que tudo vai ficar bem. A esperança nos mantém vivos, certo? A fé nos faz andar para a frente, certo? Então tá certo. Ficamos combinados dessa forma. Não espere poesia, linhas bem feitas, palavras bonitas. Simplesmente não posso. Agora não. Não sou de ferro. E está doendo.

Você não entende a minha dor. Não quero explicar. Nem eu entendo. Sei que dói. Sei que queria você de volta. Sei que queria que tudo fosse do meu jeito. E meu jeito é certo? Não sei. Mas não me diga que a vida é assim, que ele não merece minhas lágrimas, que o mundo dá voltas e que o tempo cura.

A vida não era pra ser assim, droga! Ele não merece minhas lágrimas? Mas eu preciso chorar! E quem disse que ele não merece? O mundo dá voltas, eu sei, mas para mim ele parou agora e nunca mais vai se mover. O tempo cura, benegripe cura, neosaldina cura. Mas demora. Me deixa ficar aqui. Sozinha. Ouvindo música. No escuro. E agarrada numa garrafa de vinho barato. Amanhã eu recomeço. Ou não.

Meu oposto do avesso

Eu me sinto uma farsa. Isso mesmo: uma enganadora, farsante, personagem de seriado besta que passa no pior canal da TV paga. Olho para dentro de mim e vejo o quê? Uma criatura cheia de esquisitices amorosas, que acredita em um mundo cheio de fantasia e emoção viciante. Uma pessoa que fica tentada a ir além dos próprios sonhos para buscar (tentar?) criar o seu rastro de luz. Ou seria uma fonte geradora de energia? Sei lá.

Eu, no meu universo babaca, acho que posso mudar as pessoas e, quiçá, o mundo. Creio que aparo arestas muito bem, obrigada. E acho que conto com um esquadrão de forças impressionante. Meus passos vagos e débeis têm alguma importância para a história da humanidade?

Me sinto fingida. Dou colo para quem precisa, dou a mão para os amigos, seguro a onda de quem eu amo. E quem segura a minha? Olho para os lados, para baixo, para o alto (talvez procurando um sinal) e encontro o quê? Nada. Ninguém, a não ser aquele desconforto de saber que no final das contas nós temos somente nós mesmos. Não, isso não é ruim. Isso é prova de que a maturidade está batendo na porta.

Eu queria continuar fingindo. Era tão mais fácil dormir no quarto da minha mãe, pedir para o Papai Noel a Barbie Bailarina, dormir depois do jantar, ir para a escola e ter problemas do tipo a Natália puxou o meu cabelo.

De qualquer forma eu continuo tentando canalizar correntes, direcionar os ventos, escrever linhas retas, misturar as cores certas...nem sempre dá. Sou uma só. De vez em quando me transformo, nós sabemos. Mas a minha essência é única. E um pouco forçada. Costumo fazer uma força tremenda quando as coisas não caminham bem. Sorriso-durex, olhar-tá-tudo-bem-por-aqui e afogamento da sensação de falta-alguma-coisa-na-minha-vida.

O bom é que eu sei que nós nascemos e vamos morrer com essa sensação de estar precisando. Já viram que estamos sempre precisando? Preciso de dinheiro, preciso de amor, preciso de um sapato, preciso de um chocolate, preciso de uma birita, preciso de um cafuné, preciso de carinho, preciso de férias, preciso tirar 10 na prova, preciso de música, preciso de sexo, preciso de uma boa noite de sono, e assim sucessivamente. E assim vamos vivendo. E precisando. Uma das características do ser humano é ser infinitamente insatisfeito.

Mas eu estou aqui. De pé e com a boca aberta esperando a voz sair e dizer que não adianta, continuo seguindo no embalo das emoções. Abraçando e beijando as fantasias. Dormindo e acordando nos braços dos sentimentos puros. Porque é assim que eu sei viver.

EU SOU FOGO

Eu li uma frase célebre do Sartre que diz, assim, bem simples, na lata que "O inferno são os outros". Vou agora dizer uma frase minha que talvez nunca seja reconhecida, lembrada, dita em algum canto do mundo com aquele gosto de satisfação: o inferno sou eu. Não se assuste, apenas compartilhe do meu pensamento que será desenvolvido e melhor elaborado nos próximos parágrafos.

Não dá pra jogar nas costas do outro (que em geral é muito bem escolhido pelos nossos dedos tortos e calejados) uma culpa que é nossa. Culpa, uma palavra forte e de impacto. Hoje estou impactante, perdoem. É tão comum procurarmos um culpado para os nossos deslizes, reações, explosões, emoções. Fiquei brava e mandei O menino da moto tomar no c*, afinal, ela foi muito medonho ao responder no telefone . O cara se atravessou na minha frente no meio da rua e fiz um gesto obsceno, que desgraçado. Desliguei o telefone na cara da minha amiga, quem manda ela ficar enxendo so saco depois que faz merda. Briguei com minha mãe por que ela disse que eu tava errada, que desaforo. Pára tudo, peraí.

Não podemos justificar os nossos atos baseados no ato de alguém. Ele fez isso, fiz aquilo. Ela fez aquilo outro, mereceu o que fiz por isso. Não é assim que o mundo funciona: fez, fiz, fará, farei, faraó. Sei que tudo tem uma ação e uma reação, que todo o ato implica uma conseqüência, sei, eu sei, já disse que sei, mas me ouve, me ouçam: isso não leva a nada, lugar algum. Ninguém tem culpa pelo dia horrível que estamos tendo, por nossas frustrações, pelos nossos planos recortados, pelos sonhos que viraram pó, por todos os projetos que nunca irão sair da gaveta. Entenda, é assim. Entenda, tome a responsabilidade para si.

O inferno é conviver, aceitar, reconhecer e ser sincera comigo mesma. É dizer que sim, eu erro, vacilo, piso na bola, distribuo mágoas sem querer, troco as ferraduras, dou patadas, falo o que não devo, falo sem pensar, faço cagada, me enrolo, me embolo, me perco, digo o que não queria, tenho ataques de sinceridade e de agressividade e de verdade. Sim, eu tenho ataques de verdade, resolvo falar todas as verdades do mundo, doa a quem doer, mesmo que doa em mim, em todas as partes do meu corpo, porque me dói bastante falar verdades e inclusive me dói muito quando chego e digo olha, eu quero muito conversar com você, senta aí que vou te enumerar umas verdadezinhas bem salafrárias e ordinárias como você vem sendo nos últimos dias, queridinha, e me dói muito, muito quando essa pessoa, a queridinha, sou eu. Porque eu me digo verdades a todo instante e às vezes nem me ouço, não quero me ouvir, coloco algodão nos ouvidos, vendo os olhos, coloco prendedor de roupa no nariz, não quero ver, escutar e nem sentir o cheiro das verdades. Então elas me perseguem, sobrevoam o meu baú de informações, todas as minhas memórias, lembranças, reações, recordações. É um inferno conviver com isso, com toda essa carga verdadeira e que te sacode e diz que você tem que parar de arranjar desculpas para si e para os outros e que é preciso encarar a vida e as pessoas e as coisas todas como elas são, mesmo que você não saiba e não entenda os porquês, afinal, a gente nunca sabe como.

O outro não pode levar as minhas malas, a minha bagagem, a minha vergonha, mágoa, coragem, covardia, esperança e a fé em alguma coisa, porque a gente tem que ter alguma fé, alguma esperança, alguma coisa que faça peso dentro da mala e diga que vale a pena abrir os olhos, a janela, a casa, o coração e que vale a pena assumir as nossas culpas e agarrar as nossas verdades e as verdades dos outros bem forte, muito forte, com os dois braços e finalmente abrir a alma, todas as cortinas que tentam proteger da luz, porque a luz tem que entrar, aparecer, iluminar, a função dela é essa mesmo e então, leve e com a nota fiscal da liberdade em mãos, assumindo o que ela traz de bom e de ruim é preciso dizer com todas as letras e o sorriso desarmado no rosto que não, o inferno não são os outros, o inferno é você.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Texto perdido entre os documentos

To sentindo uma agonia tipo “gastura”  vem de dentro e vem forte, quando não tenho nada pra me distrair, pra tirar, te tirar do centro. Sinto-me com se me  dedicasse ao Maximo pra que tudo ficasse certo, pedir o traço,desenhei sem coordenação, não tinha voce pra da apoio. Como pode acontecer de um ano após eu ter te conhecido, nada tenha evoluído para nós dois, talvez não seja ou não era pra ser. Mais tenha certeza, por mais, quebrada, arranhada, despeçada que esteja eu vou sair melhor do que você, e melhor do que eu entrei. Aprender  e evoluir é comigo mesmo.

O limite de toda dedicação acaba, quando estamos acabados também, acredito que a depressão, o stress e todas essas doenças psicossomáticas são resultados de uma guerra quando o adversário somos nós mesmos, quando lutamos contra a vontade insana de pensar amar alguém mais que a nós.

Tenho surtos de paixão, tento extravasar, terapia do grito, terapia da briga engraçada, terapia de encher os ouvidos alheios, tento de tudo jamais vou ficar calada pra o que eu to sentindo, nem humilhada por quem não senti nada. Digo a todos os homens que perdem seus amores por puro medo. Falo pras mulheres que amam corajosamente, encaram, choram, ficam bêbadas, quebram a cara, mais vai fundo atrás do que deseja. Não sei onde aprendi a amar tão bem, tão forte, tão belo, mais com certeza foi com alguma mulher maravilha.

Mesmo com o natural e velho habito de misturar tudo inclusive às idéias... Chego aqui e nem lembro mais o propósito do amor entre nós, nem vou lembrar, vou ler um dia esse texto  e ver que eu deixo as coisas me levarem, sem ficar me perguntando o tempo todo se tem sentido ou não. Se existem formas estranhas de amar? Amor não tem forma... Cada um sente do jeito que é, e do jeito que é o ser amado. Cada um sente na intensidade que o corpo e a mente agüentam. Eu suporto muito, sou fortaleza, me acostumei com os apuros, me apoio no vento e seguro em cordas de águas, que alguns insistem em chamar de cachoeira, mais são apenas cordas d’gua  

Minha vida é uma trilha interessante, os caminhos são cheios de emoções e surpresas..

To sentindo uma agonia tipo “gastura” vem de dentro e vem forte, quando não tenho nada pra me distrair, pra tirar te tirar do centro. Sinto como se eu me dedica-se o Maximo pra que tudo fica certo, pedir o traço desenhei sem coordenação não tinha voce pra da apoio. Como pode acontecer de um ano após eu ter te conhecido nada tenha evoluído para nós dois, talvez não seja ou era pra ser. Mais tenha certeza, por mais, quebrada, arranhada, despeçada que esteja eu vou sair melhor do que você, e melhor do que eu entrei. Aprender é comigo mesmo e evoluir é comigo mesmo. O limite de toda dedicação acaba quando estamos acabados também, acredito que a depressão o stress e todas essas doenças psicossomáticas são resultados de uma guerra quando o adversário somos nós mesmos, lutamos contra a vontade insana de pensar amar alguém mais que a nós. Tenho surtos de paixão, tento extravasar, terapia do grito, terapia da briga engraçada, terapia de encher os ouvidos alheios, mais nunca vai ficar calada pra o que eu to sentindo, nem humilhada por quem não senti nada. Digo a todos os homens que perdem seus amores por puro medo. Falo pras mulheres que amam corajosamente, encaram, choram, ficam bêbadas, quebram a cara, mais vai fundo atrás do que deseja. Não sei onde aprendi a amar tão bem, tão forte, tão belo, mais com certeza foi com alguma mulher maravilha. Mesmo com o natural e velho habito de misturar tudo inclusive às idéias... Chego aqui e nem lembro mais o propósito do amor entre nós, nem vou lembrar, vou ler um dia esse texto e ver que eu deixo as coisas me levarem, sem ficar me perguntando o tempo todo se tem sentido ou não. Se existem formas estranhas de amar? Amor não tem forma... Cada um sente do jeito que é, e do jeito que é o ser amado. Cada um sente na intensidade que o corpo e a mente agüentam. Eu suporto muito, sou fortaleza, me acostumei com os apuros, me apoio no vento e seguro em cordas de águas que alguns insistem em chamar de cachoeira mais são apenas cordas d’gua Minha vida é uma trilha interessante, os caminhos são cheios de emoções e surpresas..

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mostrem a ele.


Hoje eu queria falar um pouco de você,do que tanto me doeu. Sabe, eu achava que era amor. Na verdade, eu queria que fosse. Fazia uma força tremenda, lutava contra tudo que existia em mim para conseguir ganhar tudo que havia dentro de você. Mais do que te querer, eu gostava da ideia de te querer. Não sei se alguma coisa foi de verdade ou se tudo existiu só dentro de mim.

Acreditei em cada palavra que você disse, em cada olhar que recebi lá no fundo de mim, no fundo dos meus olhos, no fundo do meu sentimento. Então, eu encostava a cabeça em alguma almofada do sofá e, de olhos abertos, ficava imaginando eu, você e nossa vida. E quando ia deitar você era meu último pensamento. E frequentemente eu adormecia com os olhos marejados ou chorando, por querer você por perto e aquela distância insistir em nos separar.

Demorei para perceber que a maior distância não era o fato de eu morar em um bairro e você em outro, mas a maior distância é que eu tinha meu coração no meio dos dedos e queria te dar. E você fechou as mãos, fechou a cara, fechou a porta. E ninguém me entendia. E ninguém compreendia minhas maluquices. E ninguém se dava conta que meu comportamento era de uma mulher apaixonada, que queria estar perto, junto, que queria uma resposta.

Eu pensava como pode alguém que um dia disse que te queria agir dessa maneira? Fugir? Ser ríspido? Ser violento? Ser ignorante? Magoar e ferir propositalmente? Isso não é humano, não é real, eu repetia para mim. E todo mundo dizia para eu esquecer, para sair dessa, para tirar da cabeça. E você me mandou embora e eu quis ficar, eu queria ficar, meu Deus, como eu queria ficar! Ninguém entendia, nem eu me entendia, mas eu queria ir até o fim, queria ir até onde eu tinha forças, até onde existisse uma fagulha de sentimento. Eu pensava: enquanto existir sentimento vai existir coragem. E eu tinha coragem de sobra. Eu queria ficar. Eu queria você. Eu te queria desesperadamente. Eu precisava precisar de você.

Eu morria de esperança, de sonho e de dor. Vivia sonhando com o futuro, esquecendo de mim, da minha vida, de quem eu era, do presente. Insistia num futuro bom com você. Eu queria que você fosse a pessoa certa, eu tinha aquela certeza e pensava: se eu sofro tudo isso é por uma boa causa, é porque Deus ou Buda ou Alá meu bom Alá vai me recompensar. É porque algo bom está esperando por mim, cheio de sorriso e vida e alegria e tudo que eu quis e queria e vou querer.

Vivia naquele círculo maluco de sofrimento e pequenas alegrias que passavam mais rápido que as estrelas. Existe a realidade e o que a gente queria que fosse. E eu vivia no queria que fosse. Esqueci do mundo real, vivia você, sentia você, queria você. Aquilo me consumia, eu me doía inteira, pensava que era amor demais.

Quando você me repelia eu lembrava "mas aquelas palavras diziam muito". Aquele olhar que você me olhava. Aquilo tudo era real, eu sentia. Me apegava a isso. Era isso que me mantinha viva. Eu pensava é medo, é puro medo, é insegurança, é imaturidade, ele não sabe ser amado. E eu vivia arrumando desculpas para você e para a minha falta de sinceridade comigo mesma.

Então, tudo clareou. Quem ama trata bem. Quem ama pode até brigar, mas volta atrás e pede desculpa. Amar não é aquele sentimento doido que sufoca e quase mata. Isso é paixão. Quem te ama pode até magoar, mas percebe que fez o que não devia e volta e pede perdão e diz olha, eu não fui legal. E me dei conta que desculpas são só desculpas e que se você tem medo e não consegue ser amado e é covarde, problema seu, não meu. Porque eu tô aqui para ser feliz. Tô aqui para ser amada. Tô aqui para viver bem. Tô aqui para dormir encostada no peito de quem me ama. E acordar com um beijo de bom dia de quem eu amo.

Sabe, hoje eu vejo que nunca foi amor. Amor é o que eu sinto hoje. E ainda bem que sou correspondida. Não tem nada melhor do que um amor que é correspondido e é real.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Escutee


Sou meio curta e grossa pra algumas coisas e sensível demais para outras. Não suporto indelicadezas em geral. De verdade. Sou bem sensível, as coisas me afetam que nem tiro de metralhadora. Quase morro, mas minha paixão pela vida é forte demais pra me entregar tão fácil.


Adoro chiclete, farinha láctea, brócolis , iogurt e salmão. Café ta sendo meu vício, yaksoba  é bom demais. Nem sempre eu falo tudo que me deixa triste, fico escondendo as coisas pelos cantos, que nem roupa suja em sacola que vai para a lavanderia: a gente vai socando roupa até a sacola encher. Eu vou guardando as coisas até quase explodir. Mas tem uma coisa que sou incapaz de fazer: se eu sei que você está triste e/ou se sentindo frustrado, vou querer saber a causa. Me importo com a sua vida, com os seus sentimentos, com seu dia a dia, com seus sonhos. Me importo com você inteiro. Não consigo simplesmente fingir que não me importo ou adormecer assim, como se estivesse tudo bem, tudo ok, tudo certo, tudo na paz.


Não tem nada em paz aqui dentro. Nada, nada. Um turbilhão de coisas se passa pela minha cabeça, me movimenta, me agita, me deixa sem sossego. E eu tento resistir, colocar um sorriso na cara e levantar todo dia, cumprir meu papel, fazer meu trabalho, ajudar quem precisa. Mas esqueço de mim. Preciso tanto de ajuda. Ser mais calma, ser mais clara, ser mais rara.


Certas coisas me deixam triste. Talvez porque eu ainda não entenda que antes do nós vem o eu. Não posso perder o eu de vista, não posso largar a mão do eu. É um erro a gente colocar o outro na nossa frente. Sabe aquela coisa de abrir a porta e deixar os mais velhos passarem? Ceder o lugar? Fazer gentileza? Estou sempre fazendo isso: minha vida é ceder o lugar. E eu? Um dia, ouvi que tinha que ser mais egoísta. E, sério, eu não espero nada em troca. Ou sim. Espero, pelo menos, consideração. Um sorriso como resposta. Não preciso de tapete vermelho, mas consideração sempre cai bem. É a tendência da estação.


Sabe quando me frustro? Quando vejo que o que eu faço não tem a menor importância. Que meus desejos são coisas supérfluas. Que meus sonhos não têm valor. Me frustro quando vejo que você cruza os braços para a minha vida. Me frustro quando fico em segundo plano, em terceiro ou em plano nenhum. Me frustro quando ouço sou-assim-e-não-vou-mudar. Porque eu mudo. Eu mudo todo dia. Porque viver junto é se transformar, é fazer sacrifício, sem perder a nossa essência. A gente não precisa deixar de ser a gente mesmo. Mas pra dar certo a gente tem que querer tentar. E não dizer eu não vou mudar.

Felipe Catto

Se for pra me ferir com teu silêncio

Respondo teu vazio com a paixão

Pra outros corpos que me satisfazem

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mais uma carta

Hoje vou contar a verdade sobre tudo. Lamento, não posso mais continuar com isso. Me desculpa, mas não sei jogar. Não consigo usar artifícios, me esconder atrás de olhares cúmplices e risinhos sem graça. Não sei me controlar com raiva, mais sei disfarçar muito bem minha felicidade quando te vejo (isso por medo) até hoje procuro entender e creio que seja involuntário o disfarce.

A gente tem e sempre vai ter a escolha de pegar ou largar, ir ou ficar, se abraçar ou se soltar de vez. Ainda bem que somos livres e que podemos desistir ou voltar para os braços de quem nos quer bem. No fim das contas, o que vale é a sensação de alívio e paz. Sabe quando você está sujo, suado, cansado e toma um longo e bom banho quente? Pois então, é exatamente isso, é essa a sensação: conforto. Quero que você fique confortável.

Eu sou muito dramática e incomodada, e me incomodo bastante com muita coisa em você. Depois que passa e volto atrás e vejo que nada é superior a alegria que é ter você por perto, além da admiração imensa pela sua perseverança, responsabilidade, inteligência, sua alegria contagiante(perto de você ninguém é triste). Eu te aceito assim. Eu só preciso que você me ouça e me compreenda. Honestamente  eu vou te confessar, desejei tanto pra o que sinto por você acabasse cedo, por que, quanto mais longo o prazo mais sólido é o sentimento, e ai acabou que virou “concreto”.

Sem demoras eu te falo meu amor, não esqueci você nem por um dia nesse “1 ano” que te amo. E tua felicidade é mais importante, do que o desejo de estar com você. Deus ta no controle de tudo, muita Luz e Sabedoria. 

Da sempre tua: Renata Klivia